Ciclismo: Tudo sobre a história do esporte
Ciclismo é uma atividade que envolve a repetição de um movimento com frequência e que usa como instrumento a bicicleta. Pode ser competitivo, recreativo e também praticado como forma de atividade física, tanto outdoor como indoor. | postado em 08/03/2022
A história do Ciclismo!
O ciclismo é um dos esportes mais conhecidos e mais praticados por atletas não profissionais em todo o mundo. Antes visto como uma atividade particular e praticado como uma brincadeira ganhou espaço no cenário mundial ao exibir as diversas possibilidades de usar a bicicleta de forma profissional, se tornando uma modalidade muito utilizada em grupo ou individualmente.
Se considerarmos que em 1839, um ferreiro escocês criou o primeiro protótipo de uma possível bicicleta, onde dois pedais estavam ligados em uma grande roda na frente, poderíamos pensar neste como a primeira bicicleta do mundo. Contudo, o modelo com rodas de tamanhos iguais, sistemas de corrente e catraca, surgiram em 1880, e o mecanismo de marchas surgiu na década seguinte, em 1890. Historicamente, diríamos que o ciclismo surgiu na Inglaterra na metade do século XIX, durante um período em que as bicicletas estavam sendo aperfeiçoadas para ganhar velocidade.
Por mais incrível que pareça, a primeira competição no ciclismo, nasceu antes desse processo de evolução da bicicleta. Em 1869, nesse ano, que ocorreu a primeira maratona ciclística, primeira prova oficial do esporte, com um percurso entre as cidades de Paris e Rouen, em uma distância percorrida de aproximadamente 123 km.
Em 1890, também foi o ano que ocorreu a construção do primeiro velódromo em Paris, levando os franceses a serem os primeiros do mundo a fomentarem o ciclismo como uma modalidade esportiva. Logo após, em 1893, foi criado o Tour de France pelo ciclista Henry Desgranges. Esta competição é considerada a mais famosa do ciclismo de estrada até hoje. Mas apenas em 1896 que o esporte ganhou projeção mundial por ter sido inserido nos Jogos Olímpicos, em Atenas. Após se manter ausente nas três edições seguintes, em 1912, o ciclismo retornou e desde então se manteve presente no cenário olímpico.
Acredita-se que os imigrantes europeus trouxeram a bicicleta para Brasil no final do século XIX e início do século XX. Alguns registros dão indício de que nas cidades de Espírito Santo e São Paulo já existiam praticantes do ciclismo no ano de 1895. Logo após, em 1898 aconteceu o fato que colaboraria com popularização e a prática do esporte, era inaugurada a primeira fábrica de bicicletas do país, a empresa Caloi.
Modalidades do Ciclismo
Recentemente foi agregado mais uma modalidade na classe, totalizando cinco diferentes entre o esporte. São elas: ciclismo de pista, ciclismo de estrada, mountain bike, BMX e, por último BMX Freestyle, que inserida Na Olimpíada de Tóquio 2020, realizada em 2021. Vamos pontuar as características de cada modalidade, venha entender os detalhes de cada uma!
Ciclismo de Pista
Essa modalidade, que surgiu diretamente do ciclismo de estrada, é realizada em velódromos ou em pistas oficiais, atendendo às normas da União Ciclística Internacional (UCI), as pistas devem ter revestimento de cimento ou madeira, no formato oval, com uma variação de linhas inclinadas nos valores de 36 e 45 graus e com extensão de 180 a 500 metros. Os extremos das pistas são inclinados para que as voltas possam ser completadas sem perda de aceleração.
O ciclismo de pista é uma modalidade para quem gosta de adrenalina, as bicicletas não possuem freio e contam com apenas uma marcha. Devido à alta velocidade atingida pelos atletas durante as provas, as bicicletas são projetadas com quadro menor e mais ágil para as manobras necessárias, com roda traseira maior do que a dianteira, são testadas em simuladores e em túneis de vento, pois precisam ser leves e rígidas. O capacete é desenhado para favorecer a aerodinâmica nas provas de velocidade. Mediante a necessidade de frear, o ciclista precisa pedalar para trás, o que provoca a desaceleração da bicicleta, pois o uso do freio poderia causar acidentes e apresentar grande risco aos competidores.
As provas desse ciclismo classificam-se de acordo com a velocidade e são elas:
Velocidade individual
Dois ciclistas disputam a prova. A partir das quartas de finais, as provas são disputadas em duas baterias – e quem chegar na frente em duas delas, se classifica;
Velocidade por equipes
São 3 ciclistas no masculino e 2 no feminino. Ganha a equipe que cruzar a linha de chegada primeiro. Nas etapas eliminatórias e na final, as equipes largam simultaneamente, porém em lados opostos da pista;
Perseguição por equipes
São duas equipes com 4 ciclistas cada que largam em lados opostos da pista e percorrem 4 km. Vence a equipe que alcançar a outra ou que tiver o menor tempo;
Omnium
Conta com 6 provas diferentes, a intenção é acumular o maior número de pontos em todas as competições;
Madison
Provas com sprints intermediários disputados em duplas. Enquanto um ciclista pedala devagar na parte alta do velódromo, o outro corre o mais rápido possível na parte baixa. Para trocar de posição, os ciclistas devem tocar na mão ou no braço do outro. A cada 10 voltas, a dupla pontua, quem tiver mais pontos, vence;
Keirin
Prova de sprint disputada por 6 ciclistas simultaneamente. Os ciclistas percorrem 2 km na pista e começam a disputa seguindo uma moto que inicia com velocidade de 30 km/h no masculino e 25 km/h no feminino. A velocidade vai aumentando até chegar a 50 km/h para os homens e 45 km/h para as mulheres. Até a moto sair da pista (nos 600-700 metros finais), os ciclistas não podem ultrapassá-la. Quando ela sai, os ciclistas arrancam até a linha de chegada. Ganha quem cruzar primeiro.
Ciclismo de Estrada
Esta modalidade foi a primeira a ser disputada em bicicletas no mundo. Atualmente, é dividida entre provas de estrada e provas contrarrelógio. Para essas provas as bicicletas são feitas com quadro de carbono e outros materiais leves, o guidão é propositalmente baixo, permitindo ao ciclista uma boa economia de energia e uma aerodinâmica mais favorável.
Nas Olimpíadas, as provas de estrada são individuais. Na corrida, quem chegar primeiro será o vencedor. Já na disputa contrarrelógio, vence quem fizer o percurso em menor tempo.
As provas mais tradicionais e conhecidas do esporte, como Tour de France, Giro D'Italia e Volta a Espanha, são disputadas no ciclismo de estrada.
Já no Brasil, o ciclismo de estrada ficou popularmente conhecido quando aconteceu a primeira prova oficial do esporte no velódromo brasileiro de São Paulo, em 1895.
Mountain Bike
Mountain Bike é uma modalidade do ciclismo nascido na Califórnia, em 1950, popularmente abreviada pelas siglas MTB, que consiste na prática de andar de bicicleta em terrenos com irregularidades e obstáculos, é um esporte que exige resistência, concentração e habilidade.
Existem oito modalidades esportivas que podem ser colocadas na categoria de mountain bike e suas classificações variam de acordo com a dificuldade e o tipo de terreno apresentado. Já é um esporte consolidado no Brasil, com competições de grande porte para ciclistas profissionais e entusiastas.
O ciclismo mountain bike é disputado em Jogos Olímpicos desde 1996, nas Olimpíadas de Atlanta, onde as provas são disputadas no formato cross-country, com múltiplas voltas. O primeiro ciclista a completar todas as voltas e cruzar a linha de chegada vence a corrida.
A bicicleta utilizada nessa modalidade é feita por material resistente aos impactos, apesar de manter um peso por volta de 8 kg. Tem pneus mais largos do que a de estrada, amortecedores traseiros e dianteiros, também para diminuir o impacto para os atletas nos terrenos acidentados do percurso. Os capacetes são ventilados para manter a temperatura e as roupas são leves e aerodinâmicas.
BMX
A sigla BMX se refere à Bicycle MotoCross ou BiciCross, como também é conhecido. É disputado nos Jogos Olímpicos desde a edição de Pequim, em 2008. Surgiu em consequência da admiração de jovens norte-americanos pelo MotoCross. A vontade de imitar as manobras dos ídolos aliada à falta de equipamento fez com que bicicletas fossem utilizadas em pistas de terra. Em 1981, criou-se então a Federação Internacional de BMX, e no ano seguinte, primeiro Campeonato Mundial da categoria, disputado em Dayton, nos Estados Unidos. Em 1993, a União Ciclística Internacional (UCI) passou a regular o esporte.
As provas BMX dos Jogos Olímpicos são disputadas em um circuito fechado, em pistas de saibro. O objetivo da competição é percorrer o circuito no menor tempo possível. O piloto deve passar por obstáculos ao longo de um percurso de 300-400 metros, utilizando-se de diferentes técnicas para ganhar velocidade. Participam das provas 32 competidores da categoria masculina e 16 da categoria feminina. Na etapa de distribuição, todos os competidores dão uma volta na pista e, com a tomada de tempo, definem a posição das raias da largada. As bicicletas utilizadas pelos competidores possuem rodas com aro 20’’, além de uma marcha e um freio.
BMX Freestyler
O BMX estilo livre, ou Freestyle, Diferente do BMX Racing não é realizado por disputa direta e sim por um determinado tempo de apresentação ou por número “x” de voltas. Os atletas são avaliados por uma série de quesitos técnicos por uma equipe de juízes.
Em 2015 a UCI reconheceu o BMX Freestyle como modalidade esportiva e em 2017 o Comitê Olímpico Internacional incluiu a modalidade PARK dentro dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. A inclusão foi justificada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) como uma tentativa de atrair o público jovem e trazer um perfil mais urbano às Olimpíadas.
Apesar da sua participação recente nos Jogos Olímpicos, o BMX Freestyle é praticado desde os anos 1970 e foi nessa década também que o esporte chegou ao Brasil.
No BMX Freestyle, existem alguns estilos, que se diferem pelo local e a forma de como são executadas as manobras. Veja as modalidades e suas características:
Flatland
É a modalidade mais antiga do BMX Freestyle, consiste no atleta executar uma sequência de manobras no solo, sem a utilização de obstáculo, buscando na sua “linha” dificuldade, criatividade e equilíbrio constante.
Dirt Jump
Modalidade que utiliza rampas de madeira ou terra com altura e distância variada, na qual podem ser únicas, “double” ou sequência, chamada de trails.
Street
Originalmente praticado nas ruas da cidade ou em pistas públicas de street que simulam obstáculos urbanos como: bancos, escadarias, muretas, corrimãos ou paredes inclinadas.
Vertical
Utiliza-se uma rampa em forma de “U” chamado de half pipe, com altura superior de 3 metros de altura. O atleta por sua vez tem que buscar velocidade para atingir altura e executar as manobras com altura superior a 2 metros de altura.
Bowl
Obstáculo em formato de piscina com inúmeros tipos de transições e com altura variada, onde o atleta deve executar manobras de borda, aéreo ou com apresentação mais “flow” com poucas manobras e muitas transferências de linha no percurso.
Mini Rampa
Rampa com no máximo 1,9m, medidas inferiores ao half pipe, seja de madeira ou concreto, consiste em executar manobras de borda alinhado com manobras de aéreos.
Park
Praticado em um circuito com diversos obstáculos das demais modalidades do BMX Freestyle como: jump box, quarter pipe, wallrider, spiner entre outros obstáculos.
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Nos vemos no próximo post e boa pedalada!